O presidente da Câmara de Vereadores de Boa Vista, Genilson Costa, foi preso nesta quarta-feira (18/12), em uma operação da Polícia Federal deflagrada para desarticular uma associação criminosa constituída durante o período eleitoral de 2024, voltada à prática de compra de votos e outros crimes eleitorais. Na operação, chamada "Martelo", foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça eleitoral.
A investigação teve início na véspera do primeiro turno, quando dez pessoas foram presas em flagrante por corrupção eleitoral. Um dos suspeitos, apontado como líder da campanha, teria cooptado eleitores para votar em Genilson, em troca de valores que variavam entre R$ 100 e R$ 150. No dia da eleição, o vereador foi preso em flagrante, mas liberado posteriormente após obter um habeas corpus.
De acordo com o inquérito, o esquema contava com o apoio de agentes públicos. Segundo a Polícia Federal, Genilson Costa teria recebido patrocínio do tráfico de drogas para exercer suas atividades parlamentares, incluindo sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de Boa Vista. Estima-se que ao menos R$ 1 milhão tenha sido utilizado na compra de votos.
A reportagem é da TV Universitária de Roraima, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública.
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