Metade dos distritos da cidade de São Paulo têm notas médias abaixo de cinco no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O levantamento, que foi divulgado hoje, faz parte do Mapa da Desigualdade, uma série de estudos feitos pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Foram reunidos oito critérios de avaliação da educação pública na cidade de São Paulo, como tempo de espera para vagas em creches, percentual de matrículas e índice de abandono dos estudos.
No caso das creches, a menor espera é de dois dias, em Alto de Pinheiros, um bairro de classe média alta na zona oeste. Mas também Cidade Tiradentes, Cachoeirinha e Guaianases, nas periferias da capital, apresentam tempos de espera reduzidos. A maior espera vista foi no Brás, um bairro bastante central: 28 dias.
O Mapa da Desigualdade na Educação deu destaque para as notas do Ideb. E, nos anos finais da educação básica, as notas ficaram abaixo de cinco em 45 dos 96 distritos da cidade. No geral, as médias caíram, mesmo nas regiões mais bem avaliadas.
Organizações da sociedade civil propam a nota de 6,4 como meta para a prefeitura atingir até o final do atual mandato. A prefeitura divulgou como objetivo oficial atingir uma média mais modesta, de cinco pontos. Ainda assim, a tarefa nos distritos mal avaliados é grande. No Ipiranga, por exemplo, isso significa elevar a média em um ponto em apenas três anos.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirma que a cidade tem Ideb acima da média nacional, e que, para reduzir desigualdades em regiões mais vulneráveis, o município conta com medidas como pagamento de gratificação a profissionais da educação e Centros Educacionais Unificados em territórios de alta vulnerabilidade.
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