Memória, democracia... e arte! Durante o "Abraço à Democracia", pinturas, esculturas e artefatos históricos danificados pelos golpistas do 8 de janeiro foram devolvidos, depois de devidamente restaurados, ao acervo da Presidência da República. Foram, ao todo, 21 obras, que agora voltam a fazer parte da democracia brasileira. A restauração das peças históricas foi feita em parceria com a Universidade Federal de Pelotas e contou com cerca de 50 profissionais. Foram 1.760 horas de trabalho para devolver a integridade de obras de grande relevância para a cultura brasileira.
Uma das mais simbólicas é o quadro "Mulatas", do pintor modernista Di Cavalcanti, a maior do acervo da Presidência e de valor inestimável. Durante os ataques, a obra sofreu sete punhaladas.
Outra peça oficialmente devolvida ao acervo do Palácio: uma ânfora italiana de cerâmica, que havia sido quebrada em 180 pedacinhos. E a terceira peça, que merece referência especial: o relógio de mesa século XVII, que pertenceu a Dom João VI. A recuperação foi feita sem custos ao país, em parceria com a Embaixada da Suíça. O objeto danificado foi enviado para uma tradicional relojoaria do país europeu, onde ficou por quase um ano e ou por mais de mil horas de restauração. Agora, o relógio retorna a fazer parte da história da democracia brasileira.
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