Dois anos após a crise humanitária envolvendo os povos Yanomami, como está a situação da saúde, da desnutrição, da exploração ilegal do ouro? Por um lado, diminuíram tanto o garimpo ilegal quanto as mortes por desnutrição. Por outro, ainda há muito por fazer quando o assunto é a garantia dos direitos dos povos Yanomami. O governo divulgou, nesta segunda-feira (20), sobre o resultado das ações implementadas há dois anos pra conter essa crise no território Yanomami.
O número de óbitos de indígenas caiu de 213 para 155 no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, uma redução de 27%. Dentro dessa estatística, chamou atenção a queda mais expressiva nas mortes por desnutrição, que recuaram em 68%, e também a diminuição em quase 97% de novas áreas exploradas pelo garimpo, que despencaram de 1.002 hectares em 2022 para 42 hectares em 2024.
Para quem não se lembra, uma das primeiras medidas do governo Lula em 2023 foi decretar situação de emergência em saúde pública no território Yanomami, que abriga cerca de 27 mil indígenas. Naquela ocasião, eles enfrentavam falta de assistência e também aumento expressivo de mortes por desnutrição infantil e por outras doenças provocadas pela invasão de garimpeiros ilegais, como malária.
Agora, entidades de representação dos Yanomami pedem que o governo amplie ainda mais essas ações pra impedir totalmente a atuação de garimpeiros e continuar garantindo serviços de saúde e segurança alimentar aos Yanomami.
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