O governo federal vai monitorar os preços dos alimentos e deve reduzir as alíquotas de importação para ajudar a baratear os produtos. Subsidiar ou congelar os preços está descartado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (24) após uma reunião do presidente Lula com diversos ministros.
Nessa reunião, o governo antecipou algumas possibilidades que estão sendo estudadas para derrubar o preço da comida no país. Primeiro, a ideia é facilitar a compra de alimentos do exterior sempre que eles estiverem mais baratos lá do que aqui no Brasil. Para isso, a proposta é reduzir a alíquota de importação.
Além disso, o Ministério da Fazenda também estuda uma forma de alterar o pagamento do auxílio-alimentação, que hoje é pago aos trabalhadores. Atualmente, as empresas recebem cerca de 10% para intermediar esses pagamentos. O governo quer reduzir esse percentual ou até mesmo rear esse valor diretamente para os trabalhadores.
Da reunião também saíram algumas recomendações para os ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. A orientação é continuar estimulando a produção, especialmente dos produtos da cesta básica, e aumentar a produtividade dos pequenos e médios agricultores. A longo prazo, essas medidas tendem a ajudar a derrubar o preço dos alimentos no país.
Para este ano de 2025, o governo já espera uma safra 8% maior que a do ano ado, que foi bastante impactada pelas mudanças climáticas, como chuvas intensas e queimadas em todo o país.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixou claro que o governo não pretende intervir diretamente no mercado para forçar a queda dos preços dos alimentos. Ele também fez uma brincadeira ao dizer que não vai existir a figura do "fiscal do Lula", em referência à época do governo do ex-presidente José Sarney, quando havia trabalhadores fiscalizando o preço dos alimentos no mercado.
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