Terminou hoje (26) em Brasília a primeira reunião de representantes dos onze países do Brics. O encontro fez parte da preparação para a cúpula do bloco, agendada para julho. Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou medidas protecionistas que prejudicam o comércio internacional.
Foram dois dias de reuniões e debates entre os enviados especiais dos membros do Brics, conhecidos como sherpas. Nos encontros, foram abordados temas prioritários da presidência rotativa do Brasil, como o desenvolvimento institucional do grupo, cooperação em projetos nas áreas de saúde e mudanças climáticas.
O presidente Lula avaliou que a reunião foi muito bem-sucedida e que atendeu às expectativas. "Houve amplo apoio às prioridades que o Brasil estabeleceu, e essas sessões já guiam a linha das prioridades da presidência brasileira do Brics”, destacou Maurício Lyrio, sherpa do Brasil no Brics.
Esta é a primeira reunião do Brics em seu formato ampliado, com onze países-membros e mais nove parceiros. O encontro serve como preparação para a cúpula de líderes do grupo, que ocorrerá em julho, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, o presidente Lula destacou a importância do Brics na proteção ambiental e defendeu a reforma de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. Ele também afirmou que o desenvolvimento da inteligência artificial traz desafios éticos, sociais e econômicos e que essa tecnologia não pode ficar nas mãos de poucas empresas.
Sobre economia, Lula afirmou que o Brics continuará apostando no multilateralismo, especialmente diante da atual escalada protecionista. Ele ressaltou a importância de medidas que busquem superar os entraves da integração econômica e que aumentar as opções de pagamento significa reduzir vulnerabilidades e custos. Ainda segundo o presidente, a presidência brasileira está comprometida com o desenvolvimento de uma plataforma de pagamento completamente voluntária, ível, transparente e segura.
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