Menos da metade das secretarias estaduais de educação do país têm uma disciplina exclusiva para lidar com o uso seguro de tecnologias digitais entre adolescentes do ensino médio. É o que mostra uma pesquisa feita pela SaferNet, organização não governamental que promove a defesa dos direitos humanos na internet.
A pesquisa levantou informações junto às secretarias de Educação dos 26 estados e do Distrito Federal. O relatório final concluiu que apenas 44% das redes estaduais possuem disciplina exclusiva sobre uso seguro e consciente de tecnologias.
O estudo também destacou a falta de padronização para incluir, nos currículos, um item específico sobre como usar, com responsabilidade, as novas ferramentas tecnológicas. Cyberbullying, desinformação, assédio e distorção de imagem são alguns dos diversos problemas que adolescentes podem enfrentar num ambiente digital.
“O risco que a gente corre quando a gente não cria uma cultura de educação para o uso seguro da tecnologia, de educação para a cidadania digital, é que os adolescentes e jovens estejam mais expostos aos riscos que existem na internet e não possam, nas escolas, discutir sobre isso, receber orientações sobre isso. E, óbvio, professores e gestores precisam de e para que isso aconteça”, firma Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet.
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Falar sobre cidadania digital em sala de aula pode ser o diferencial para ajudar na prevenção e no enfrentamento dos problemas. Em um Centro de Ensino Médio do Distrito Federal, a abordagem do assunto veio junto com um debate sobre violência contra meninas e mulheres.
“Para gente tentar prevenir e coibir esse tipo de comportamento, a gente vai trazer esse conteúdo da SaferNet, que tem a ver com prevenção da violência dentro da internet contra meninas e mulheres. E esse conteúdo agora vai vir para fortalecer, porque muitas pessoas ainda não têm conhecimento sobre como funciona um dispositivo legal dentro da internet, quais são os crimes são realmente considerados crimes. E essa parte de prevenção é muito importante, porque as meninas am a reconhecer os tipos de agressões que podem ou já estão sofrendo dentro da internet”, explicou Simone Delgado, coordenadora pedagógica da escola.
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