Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin não têm impedimentos para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros investigados pela tentativa de golpe de estado feita em 2022. A decisão é do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, segundo o qual as situações citadas pelas defesas não são impedimentos legais.
Contra a atuação dos ministros Dino e Zanin, os advogados do ex-presidente argumentaram no pedido de impedimento que Flávio Dino entrou com uma queixa crime contra Bolsonaro quando ocupou o cargo de ministro da Justiça do governo Lula. No caso de Zanin, a defesa diz que, antes de chegar à corte, o ministro foi advogado da campanha de Lula e entrou com ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
No caso do ministro Alexandre de Moraes, a defesa de Braga Netto alegou que a acusação envolve a suposta tentativa de assassinato do magistrado. Dessa forma, segundo os advogados, haveria quebra de imparcialidade e o ministro não poderia julgar o caso. Em resposta, Barroso disse que as acusações de que Moraes era alvo do plano golpista não o tornam impedido automaticamente para julgar o caso.
As ações de impedimento foram direcionadas aos três ministros porque eles fazem parte da primeira turma do Supremo, colegiado que vai decidir se torna Bolsonaro e outros 33 denunciados réus pela tentativa de golpe de Estado em 2022. A data do julgamento ainda não foi definida.
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