Um dia após a decisão do governo dos Estados Unidos de taxar em 10% os produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano, todos os setores estão avaliando os impactos do tarifaço. O presidente Lula afirmou que o governo tomará medidas para defender as empresas nacionais.
A indústria química brasileira ainda está analisando os efeitos da nova tarifa. Atualmente, o Brasil importa cinco vezes mais produtos químicos dos Estados Unidos do que vende para lá. A associação que representa o setor acredita que, se houver reciprocidade nas taxas, o mercado americano poderá sair mais prejudicado. No entanto, há preocupação com a concorrência mexicana, que pode se tornar uma fonte de suprimento para o mercado americano, já que o México mantém tarifas zero, enquanto o Brasil agora enfrenta uma tarifa de 10%.
As empresas brasileiras produtoras de aço não serão impactadas por essa nova tarifa, pois já haviam sido taxadas em 25% em março. O Instituto Aço Brasil alerta que a atenção está voltada para a grande capacidade de produção de aço da China. Se os chineses venderem menos para os Estados Unidos, podem buscar mais mercados, aumentando a concorrência com o Brasil. O mercado internacional de aço está em turbulência, com práticas predatórias e escaladas protecionistas, o que exige um alerta em relação à defesa comercial.
O presidente Lula destacou que tomará todas as medidas necessárias para proteger os produtores nacionais, defendendo o multilateralismo e o livre comércio. Ele afirmou que o Brasil responderá a qualquer tentativa de impor protecionismo, que não é mais aceitável no mundo atual. As ações do governo terão como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada ontem pelo Congresso Nacional e as diretrizes da Organização Mundial do Comércio.
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