Após um dia de tensão nos mercados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no final da tarde uma nova rodada de tarifas sobre produtos importados, no que ele chamou de "Dia da Libertação". A medida, que entrará em vigor à meia-noite, estabelece uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros.
Trump afirmou que as barreiras comerciais impostas por outros países ao longo de décadas causaram um desequilíbrio que prejudicou a economia americana. Com isso, os Estados Unidos adotarão uma "reciprocidade gentil" nas tarifas, ou seja, países que taxam produtos americanos também serão taxados, mas de forma mais branda. A China, que atualmente aplica uma tarifa de 67%, será taxada em 34%, enquanto a União Europeia terá uma tarifa de 20% e o Vietnã, de 46%.
O presidente acredita que essas tarifas estimularão investimentos, levando grandes indústrias a retornar à produção nos Estados Unidos. Trump mencionou uma previsão de US$ 6 trilhões em investimentos.
Antes do anúncio, especulações indicavam três possibilidades: uma tarifa generalizada de 20% para todos os países, alíquotas seletivas para cada país conforme as relações comerciais, ou taxas especiais por produtos ou segmentos.
Além disso, as novas tarifas sobre carros importados e peças que chegam de outros países já estão em vigor, elevando os custos em 25%. Trump defende que essa medida protegerá os fabricantes locais contra a concorrência estrangeira.
Diante da incerteza gerada por essas novas tarifas, o mercado financeiro teve um dia volátil, com altas e baixas na Bolsa de Nova Iorque, enquanto as especulações sobre a guerra tarifária continuavam. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que o presidente permanece aberto a negociações sobre comércio.
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