O Ministério da Fazenda revogou parte dos aumentos da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciados na quinta-feira (22). A medida veio depois da repercussão negativa do mercado financeiro.
“Nosso diálogo com o mercado tem sido constante. Não temos nenhum problema em corrigir rota, desde que o rumo traçado pelo governo seja mantido, de reforçar o arcabouço fiscal, cumprir as metas para a saúde financeira do Brasil”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O mercado financeiro vinha reagindo bem ao anúncio do contingenciamento de R$ 31, bilhões no orçamento, mas virou com as mudanças no IOF: o dólar subiu e a Bolsa caiu.
Com o recuo, aplicações de fundos nacionais no exterior seguem isentas do IOF. Já as remessas de capital de pessoas físicas para fora do país continuam pagando 1,1% por operação. Nos dois casos, a alíquota seria de 3,5%. A revisão representa uma perda de R$2 bilhões na arrecadação prevista para este ano.
Com menos dinheiro no caixa, o governo pode aumentar o bloqueio de recursos no orçamento para cumprir a meta fiscal.
“Nós podemos ter que ampliar o contingenciamento ou alguma coisa desse tipo. Podemos ter que fazer, ao longo da semana, um ajuste nessa faixa”, destacou Haddad.
O presidente do Banco Central elogiou a revisão feita pelo Ministério da Fazenda. Segundo Gabriel Galípolo, a decisão foi rápida, sensível às reações do mercado. E o conjunto de medidas anunciadas ontem mostra compromisso com as contas públicas.
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