Uma decisão da Justiça de São Paulo determinou que a Prefeitura da capital paulista mude nomes de ruas e espaços públicos que homenageiam pessoas ligadas à ditadura militar. A equipe da TV Brasil foi até a Avenida Castelo Branco, que é via expressa da Marginal Tietê, na capital paulista, um dos locais que deve ter o nome afetado pela medida.
Castelo Branco foi uma das lideranças mais ativas na implementação da ditadura militar no nosso país. Foi também o primeiro presidente da ditadura militar, implementada em 1964, e o criador do SNI, o Serviço Nacional de Informações, que fundamentou perseguições, torturas e uma infinidade de práticas repressivas, enfim, políticas, durante as mais de duas décadas de ditadura militar no país.
São 11 espaços que devem ter os nomes alterados. Destaque também para a Ponte das Bandeiras, que leva o nome do senador Romeu Tuma, figura da política que foi diretor do DOPS, um dos órgãos mais ativos na repressão política durante a ditadura, e a Rua 31 de Março, que faz alusão à data da criação e implementação do golpe militar em 1964, que derrubou o então presidente João Goulart.
A prefeitura tem 60 dias para apresentar o plano para fazer essas mudanças. A decisão atendeu a um pedido do Instituto Vladimir Herzog e da Defensoria Pública da União. Nesta ação, ele já fez alusão a uma lei da capital, de 2013, e a um decreto de 2016, que vão nesse sentido, justamente pedindo para a prefeitura, ou seja, o executivo municipal, fazer essas alterações. A prefeitura, no entanto, pretende recorrer dessa decisão.
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