O escritor e ativista indígena Ailton Krenak é o novo Imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele ocupa a cadeira de número 5, que pertenceu a José Murilo de Carvalho, falecido em agosto deste ano.
A historiadora Mári Del Priore e o escritor também indígena, Daniel Mun-Du-Ru-Ku, disputaram com Krenak. O escritor indígena e ativista ambiental foi eleito para com 23 votos.
A data de posse ainda não foi definida pelo novo Imortal da Academia. Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, território do povo Krenak, um local afetado pela atividade de extração de minérios.
Krenak é ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas. É comendador da Ordem de Mérito Cultural da presidência da República e doutor honoris causa pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Ele organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia e contribuiu para a criação da União das Nações Indígenas.
É coautor da proposta da organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco, que criou a reserva da biosfera da Serra do Espinhaço, em 2005, e é membro de seu comitê gestor.
Foi determinante para a conquista do "Capítulo dos índios", o capítulo 8º na Constituição de 1988, que ou a garantir, de modo escrito, os direitos indígenas à cultura e à terra.
Entre os livros mais recentes de krenak, estão " Ideias para adiar o fim do mundo", de 2019, "A vida não é útil", de 2020, "Lugares de origem", de 2021, escrito junto com Yussef Campos, e o livro "Futuro ancestral", de 2022.
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