O Supremo Tribunal Federal começou, nesta sexta-feira (30), a colher depoimentos das testemunhas de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. Quem falou nesta manhã em favor do ex-presidente foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que era ministro da Infraestrutura no governo anterior. Além dele, foram ouvidas mais quatro testemunhas da defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Tarcísio de Freitas confirmou que teve encontros com Jair Bolsonaro depois do segundo turno das eleições, entre novembro e dezembro daquele ano, mas que, em nenhum desses momentos, e também enquanto era ministro, o ex-presidente tratou, de alguma forma, sobre uma possível ruptura institucional.
Tarcísio disse que, naquelas ocasiões, Bolsonaro se demonstrou resignado e triste, e manifestou preocupação com o futuro do país. Tarcísio de Freitas foi ministro da Infraestrutura entre 2019 e março de 2022. Ele deixou o cargo para ser candidato ao governo de São Paulo.
Já o senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil, testemunha tanto de Bolsonaro quanto de Anderson Torres, diz que se encontrou com Bolsonaro naquele período, mas tratou apenas da transição de governo.
Já outros dois depoentes tentaram demonstrar que Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, não seria corresponsável pelas falhas de policiamento no dia 8 de janeiro.
Chamo a atenção para o fato de que 14 de um total de 37 depoentes, indicados pela defesa de Anderson Torres, foram dispensados pela própria defesa. Entre eles, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que deveria ter feito o seu depoimento agora pela manhã.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro também dispensou algumas testemunhas, entre elas o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que prestaria depoimento nesta tarde, junto com outras quatro testemunhas.
Ontem, três testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, prestaram depoimento aqui no Supremo. Eles também eram ministros no governo de Jair Bolsonaro.
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