Subiu para quatro o número de mortos por um atirador em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Desta vez faleceu o policial Rodrigo Weber Voltz, de 31 anos. Ele era uma das seis pessoas que estavam internadas e o segundo policial a morrer. Um outro agente da polícia está em estado grave, além da mãe do atirador e uma cunhada.
A tragédia em Novo Hamburgo aconteceu entre a noite de terça-feira (22/10) e a manhã de quarta-feira (23/10). O atirador, de 45 anos, resistiu a um cerco de nove horas à casa dos pais e foi encontrado morto após ar a noite e a madrugada trocando tiros com a polícia. Sem antecedentes criminais, ele tinha um histórico de internações por esquizofrenia. Mas mesmo assim possuía autorização de CAC (caçador, atirador e colecionador.) Na casa, a polícia encontrou duas pistolas, duas espingardas legalizadas e mais de 600 munições.
Segundo o psicólogo Demerval Bruzzi, entrevistado pelo Repórter Brasil Tarde, houve falha na concessão do laudo de aptidão mental, o que permitiu que uma pessoa com uma doença mental grave conseguisse tirar o registro de CAC e comprar armas.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que, de 2019 a 2022, houve uma série de falhas no controle do Exército a armas de fogo no país, inclusive casos em que CACs tiveram a autorização do Ibama para realizar a atividade de caça sem a devida comprovação, ou seja, sem checar as agens pela polícia. A partir de 31 de dezembro está prevista a transferência de registro de CACs do Exército para a Polícia Federal.
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