O mundo lembra, neste 27 de janeiro, os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia ocupada pela Alemanha nazista de Adolf Hitler. A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Visto como um símbolo dos horrores do nazismo, Auschwitz foi libertado pelas tropas soviéticas, aliadas do Reino Unido, França e Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Entre um 1,1 milhão e 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, morreram nas câmaras de gás, de doenças ou de fome no campo de extermínio. Grupos de sobreviventes e representantes de vários países visitaram hoje o campo para prestar homenagens aos mortos.
A ucraniana Dova Govergeviz, de 103 anos, assistiu a três guerras ao longo da vida. Tinha cerca de 20 anos quando foi forçada a deixar Kiev para escapar à invasão nazista. Depois de ter sobrevivido ao Holocausto, enfrentou o perigo da guerra por outras duas vezes. Aos 100 anos, teve de fugir novamente da Ucrânia por causa dos invasores russos. Foi para Israel e está novamente no meio de outro conflito, a guerra entre as forças israelenses e o Hamas. Dova vive em uma casa de repouso perto de Tel Aviv e diz que esta guerra é mais aterradora e que tem medo.
Margot Friedlaender, também de 103 anos, outra sobrevivente do Holocausto e detentora da Cruz do Mérito da Alemanha, disse que o importante é garantir que não volte a acontecer. “Não podemos mudar o que aconteceu. Não pode voltar a acontecer. Sejam humanos, isso é importante. Digo sempre que não há sangue cristão, nem muçulmano, nem judeu. Só há sangue humano”, afirmou.
Na Alemanha democrática de hoje, diante do crescente aumento do antissemitismo, o chanceler Olaf Scholz advertiu para o perigo da relativização do assassinato de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. “Não devemos e não vamos aceitar qualquer relativização”, disse. Scholz descreveu como ultrajante e vergonhoso que os judeus continuem a ser marginalizados.
Ao todo, entre 1941 e 1945, a Alemanha e seus colaboradores assam cerca de seis milhões de judeus na Europa ocupada.
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