Em apenas quarenta e oito horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou uma série de medidas para combate à imigração ilegal. Cumprindo uma das suas principais promessas de campanha, o republicano garantiu que vai fazer a maior deportação em massa da história do país, com milhões de imigrantes ilegais sendo expulsos. Entre as medidas mais polêmicas, está o decreto assinado por Trump que proíbe o direito à cidadania por nascimento, assegurado na Constituição, a filhos de imigrantes em situação irregular no país.
O governo americano anunciou que está ampliando para todo o território nacional a possibilidade da deportação expressa de imigrantes. Várias ordens executivas e diretrizes governamentais foram aplicadas com o objetivo de reforçar a fiscalização e impedir a entrada irregular de estrangeiros no país. Além disso, Trump liberou a prisão de imigrantes em locais protegidos, como igrejas, escolas e hospitais.
Ao tomar posse, uma das primeiras medidas de Trump foi declarar emergência na fronteira entre México e Estados Unidos. O republicano anunciou que tropas do exército e da Guarda Nacional serão enviadas à região para reforçar a segurança. E agentes federais de imigração também terão poderes ampliados para deter suspeitos. A declaração de emergência também facilita a liberação de recursos para retomar a construção do muro na fronteira.
O governo também encerrou programas que permitiam a entrada de estrangeiros por motivos humanitários e suspendeu o funcionamento de um aplicativo que facilitava a regularização do status de solicitantes de asilo. Trump também ampliou o alcance da chamada deportação acelerada, que permite expulsões rápidas de imigrantes ilegais sem a necessidade de uma audiência judicial.
Em resposta a uma das medidas mais polêmicas anunciadas pelo governo, procuradores-gerais de 18 estados americanos entraram na justiça para barrar o decreto assinado por Trump que proíbe o direito à cidadania por nascimento, assegurado na Constituição, a filhos de imigrantes em situação irregular no país. Antes, quando imigrantes em situação ilegal tinham um filho em solo americano, a criança ganhava cidadania americana automaticamente.
Na fronteira com o México, o clima é de tristeza e frustração. Uma colombiana se desesperou ao saber que o programa de entrada legal de imigrantes havia sido encerrado. Ela e seu filho de 13 anos não podem retornar à Colômbia, de onde diz que foi forçada a sair. "O que vai acontecer? Ele vem e me pergunta o que vai acontecer. Que resposta eu dou ao meu filho? Não tenho resposta porque não sei o que vai acontecer com a gente, na rua."
Dados de 2022 indicam que há 11 milhões de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos, a maioria latinos. Entre eles, 230 mil são brasileiros.
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