Peritos das polícias Federal e civil da Bahia investigam o desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador. O templo estava com problemas estruturais e aguardava obras de restauração desde 2023. O desabamento aconteceu na tarde dessa quarta-feira (5/2) e provocou a morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, natural de Ribeirão Preto, São Paulo. Cinco pessoas ficaram feridas, todas sem gravidade.
Um dos principais pontos turísticos do Pelourinho, a Igreja de São Francisco foi construída entre os séculos XVII e XVIII. O interior é todo recoberto em ouro e jacarandá, com retratos de anjos, flores e pássaros. O templo é conhecido como Igreja de Ouro e foi classificado pela Unesco em 1985 como Patrimônio da Humanidade. Em outubro do ano ado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, destinou R$ 1,2 milhão para a restauração da igreja. Os recursos foram usados na elaboração do projeto que seria executado esse ano.
Ao comentar a tragédia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de manutenção dos monumentos tombados e disse que uma visita do Iphan para checar rachaduras no teto, relatadas em um documento da igreja do dia 3 desse mês, estava prevista para ontem, dia do acidente. “Há dois dias eu fiquei sabendo que o padre detectou que tinha uma rachadura no prédio. O Iphan ia lá visitar, mas não deu tempo, o prédio caiu. O que eu acho, na verdade, é quando você faz uma política que você tomba o patrimônio público, é preciso colocar dinheiro para manter as coisas. Ou seja, eu vejo um monte de prédio tombado na Bahia, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em São Paulo, e o cidadão que fez o tombamento, que aprovou a lei na câmara de vereador, de deputado, não coloca um orçamento para que isso esteja conservado”, disse Lula.
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