Quando investigou uma rouquidão, seu Gilberto descobriu um tumor na laringe. Em 2018, ele fez uma cirurgia para retirada das pregas vocais. A cura do câncer trouxe também uma mudança de estilo de vida.
A demora no diagnóstico pode dificultar a cura. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer revela que, a cada dez casos de câncer de cabeça e pescoço, oito são identificados em estágio avançado. São tumores que acometem boca, laringe, nariz, tireoide, couro cabeludo ou pele do rosto e pescoço.
Álcool, tabagismo e o vírus HPV estão entre os fatores que desencadeiam a doença. O estudo investigou 145 mil casos entre 2000 e 2017.
Uma das conclusões aponta que, quanto menor o nível de educação formal do paciente, maior a probabilidade de o diagnóstico ser concluído quando a doença já está em estágio grave. A maioria dos pacientes com esse tipo de câncer tem pelo menos 60 anos de idade.
Os casos mais graves são observados em pessoas mais jovens, com 50, 40 e até 30 anos. E os casos têm sido mais recorrentes na região Norte do país. Entre as causas, até a precarização das relações de trabalho pode aumentar a incidência da doença.
Quando o tratamento é feito no início, os cânceres de cabeça e pescoço têm cerca de 80% de chances de cura. Os sinais da doença no início podem ser desconforto na garganta, ferida que não cicatriza, alterações na voz, rouquidão ou nódulos.
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