Em uma decisão inédita no Rio de Janeiro, o tribunal de justiça condenou o estado a pagar indenização à filha de uma ex-interna do Hospital Estadual Tavares de Macedo, onde ficavam os pacientes segregados por hanseníase. No Brasil, quem tinha a doença era obrigado a se isolar em colônias ou leprosários. Mesmo com a descoberta da cura da enfermidade na década de 1940, somemte em 1986 a política de segregação foi deixada de lado.
No caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio, a autora da ação foi separada de forma compulsória da mãe, que ficou internada de 1981 até 2003. Uma lei estadual de 2022 obriga o Estado a reparar as vítimas da segregação parental praticada durante a vigência da política sanitária. O Estado do Rio foi condenado a pagar cerca de R$ 33 mil à vítima, referente a valores atrasados, além de uma pensão vitalícia e dois salários mínimos mensais, como prevê a lei.
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