A revista "The Atlantic", cujo editor-chefe foi incluído sem querer em um grupo do alto escalão do governo dos Estados Unidos em um aplicativo de mensagens, divulgou novos trechos da conversa vazada que mostram que houve, sim, divulgação de informações sigilosas.
Os novos trechos divulgados mostram que o secretário de Defesa, Pete Hegseth, informou aos membros do grupo sobre um ataque ao Iêmen duas horas antes da ofensiva, detalhando o horário e os equipamentos militares envolvidos. A divulgação de tais dados contraria a negativa anterior do governo Trump sobre a existência de informações confidenciais no grupo.
O editor da "The Atlantic", Jeffrey Goldberg, foi incluído acidentalmente no grupo, que usava o aplicativo Signal, não autorizado para comunicações sigilosas. As mensagens também mostraram críticas de autoridades americanas às potências europeias. O vice-presidente J.D. Vance afirmou “odiar salvar a Europa de novo", sugerindo que a ação contra os Houthis beneficiaria mais os europeus do que os americanos.
O secretário de Defesa concordou com Vance, reforçando seu desprezo pelos aliados europeus. O vazamento expõe tensões internas dentro do governo e o uso inadequado de canais não oficiais para tratar de informações ultrassecretas, o que fere a legislação americana.
Apesar das evidências divulgadas, o conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, negou que houve compartilhamento de planos de guerra. Já a porta-voz da Casa Branca, Caroline Levitt, afirmou que o presidente Trump mantém plena confiança em sua equipe de segurança nacional.
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