A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, isente os países mais pobres e menores do mundo de suas tarifas recíprocas, sob pena de graves prejuízos econômicos.
Segundo a Unctad, muitos dos países que foram alvo de altas taxas tarifárias não seriam uma ameaça para a maior economia do mundo devido ao seu pequeno tamanho e níveis modestos de exportação.
A organização identificou 28 nações que Trump escolheu para receber uma tarifa mais alta do que a base de 10%, apesar de cada uma delas representar menos de 0,1% do déficit comercial dos Estados Unidos. Entre elas estão o Laos, que deverá enfrentar uma tarifa de 48%, Ilhas Maurício com 40% e Mianmar, país que deverá ser atingido com 45%, apesar de estar tentando se recuperar de um terremoto devastador.
Ainda segundo a organização, muitas dessas economias são tão pequenas que provavelmente geraram pouca demanda para as importações dos Estados Unidos, mesmo que reduzam as tarifas, como a Casa Branca está exigindo.
Na semana ada, a diretora da Agência de Comércio das Nações Unidas, Pamela Coke Hamilton, já havia alertado que as tarifas impostas por Trump e as contramedidas aplicadas em resposta por outros países, podem ter impacto catastrófico sobre as nações em desenvolvimento, atingindo-as mais gravemente do que os cortes de ajuda externa.
Segundo ela, o comércio global pode encolher de 35 a 7% e o Produto Interno Bruto global em 0,7%, atingindo em cheio as economias destes países.
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