Uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações e usar recursos não declarados para favorecer políticos nas eleições do ano ado está na mira da Polícia Federal. Foram executados 10 mandados de busca e apreensão, sendo quatro em cidades do Rio de Janeiro — além da capital, Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba — e um no município mineiro de Juiz de Fora.
De acordo com as investigações da segunda fase da operação Teatro Invisível, a organização criminosa tinha um esquema sofisticado e contratava até atores para espalhar notícias falsas contra candidatos ao cargo de prefeito.
Os atores ficavam em locais onde havia aglomeração de pessoas, como pontos de ônibus, padarias e filas de bancos, para difundir desinformação e favorecer alguns candidatos. As investigações revelam que a organização criminosa atua pelo menos desde 2016 e já teria influenciado três eleições municipais.
Os investigados tiveram as contas bloqueadas num valor que chega a R$ 3,5 bilhões e oito empresas estão com as atividades suspensas. Eles podem responder por obstrução de justiça, caixa 2, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, o grupo utilizou recursos não declarados para a justiça eleitoral para beneficiar alguns candidatos. Somadas, as penas máximas chegam a 27 anos. As investigações continuam.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.