Um ataque de Israel contra uma escola que abrigava deslocados deixou mais de 30 e dezenas de feridos na Faixa de Gaza. O ataque foi registrado no bairro de Al-Daraj e provocou grandes incêndios, que rapidamente consumiram as tendas no pátio da escola. Entre as vítimas estão mulheres e crianças, muitas das quais foram encontradas gravemente queimadas.
O Exército de Israel justificou o bombardeio dizendo que terroristas de alto escalão estavam dentro da escola. Um outro ataque, desta vez contra uma casa no norte do território palestino, matou outras dezenove pessoas, segundo a Defesa Civil de Gaza.
No sábado (24), uma cena trágica comoveu o mundo. Uma médica que estava de plantão no Hospital Nasser, de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, recebeu a notícia de que sua casa foi bombardeada pelo Exército israelense. Momentos depois, os corpos de sete de seus dez filhos chegaram carbonizados ao hospital. A mais velha tinha doze anos e a mais nova, apenas três.
Os corpos de mais duas crianças — um bebê de sete meses e uma criança de dois anos — ainda permaneciam presos sob os escombros. Apenas um de seus filhos, gravemente ferido, sobreviveu. O marido dela, que também é médico, ficou gravemente ferido no ataque.
Além dos incessantes bombardeios, moradores de Gaza enfrentam a fome, agravada pelo bloqueio israelense à ajuda humanitária, imposto em março. O pouco de ajuda que entrou em Gaza nesta semana gerou cenas caóticas, com centenas de pessoas atacando caminhões da ONU em uma busca desesperada por comida. A ONU tem afirmado repetidamente que a ajuda que tem entrado em Gaza não é suficiente para aplacar a fome de uma população de mais de 2,3 milhões de palestinos.
No domingo, em mais um esforço diplomático, representantes de 20 países se reuniram na Espanha para tentar pressionar Israel a parar sua ofensiva militar em Gaza e avançar com uma solução de dois Estados. O chanceler Mauro Vieira representou o Brasil na reunião, que antecede uma conferência de alto nível da ONU sobre a solução de dois Estados, no mês que vem, nos Estados Unidos.
“Vergonhoso e covarde” 1g6fh
O presidente Lula classificou como “vergonhoso” e “covarde” a morte dos filhos de uma médica palestina em Gaza. Em nota oficial, o governo brasileiro reforçou ainda que o episódio simboliza a crueldade e desumanidade de um conflito que opõe um Estado fortemente armado contra uma população civil indefesa.
Para Lula, o único objetivo da atual fase do que chamou de “genocídio” é privar os palestinos de condições mínimas de vida para expulsá-los de seu legítimo território.
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