O Exército de Israel emitiu ordens de retirada para o sul da Faixa de Gaza e planejam que seria um ataque sem precedentes no território palestino. A ordem instrui os palestinos a se deslocarem para a área de Al-Mawasi, uma estreita faixa de terra ao longo do mar Mediterrâneo e inclui a retirada da cidade de Khan Younis, que é densamente povoada por muitos palestinos deslocados.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia afirmado esse mês que toda a população seria deslocada para o sul de Gaza. Os deslocamentos forçados ocorrem em meio à escalada da ofensiva israelense e a escassez de alimentos, combustível e medicamentos, agravada pelo bloqueio imposto por Israel.
Nessa segunda-feira (26) ataques israelenses contra toda a Faixa de Gaza mataram mais de 50 pessoas, sendo 33 delas deslocados que se abrigavam em uma escola. Também ontem, um evento conhecido como Marcha das Bandeiras terminou em confusão após israelenses de extrema direita atacarem palestinos em Jerusalém.
A manifestação começou após o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben Gvir, de extrema direita, visitar o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, um dos principais focos de tensão entre israelenses e palestinos. Segundo relatos de testemunhas à agência de notícias Reuters, jovens manifestantes aram a intimidar comerciantes palestinos que ainda não tinham fechado as lojas no centro histórico de Jerusalém Oriental. Logo depois, os manifestantes aram a hostilizar ativistas israelenses de esquerda, jornalistas que cobriam o evento entoando frases como "morte aos árabes". Ninguém foi preso.
Mais cedo, durante uma reunião de gabinete realizada em Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que vai manter Jerusalém unida, íntegra e sob soberania israelense. A autoridade palestina com sede na Cisjordânia condenou a marcha e a visita de Bem Gvir ao complexo de Al-Aqsa.
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