A Amazônia Azul é uma área marítima brasileira que abrange a superfície do mar, as águas sobrejacentes e o solo e o subsolo marinhos. Essa região possui cerca de 5,7 milhões de km² repleta de riquezas, necessitando de um equilíbrio entre exploração e preservação. A reportagem é da TVE do Espírito Santo, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública.
Existe uma outra Amazônia, e ela é azul. No entanto, sua existência ainda é pouco conhecida por boa parte dos brasileiros. Essa realidade pode mudar em 2025, quando o Brasil sediará uma das maiores conferências mundiais sobre o clima, a COP30. Os desafios em torno da exploração dos recursos do mar podem se tornar mais evidentes ao longo da costa brasileira.
Nesse território marítimo, o Brasil retira 85% do petróleo, 75% do gás natural e quase metade de todo o pescado consumido internamente. Essa área é responsável por 95% da comunicação via internet, por meio de cabos submarinos que interligam o Brasil ao resto do mundo. A economia do mar representa 29% por cento do PIB do país. A Marinha do Brasil calcula que a contribuição do oceano para a economia nacional já ultraa R$ 1,74 trilhão.
Com essas duas atividades, os recursos naturais e a biodiversidade precisam coexistir, e esse é um grande desafio. Por exemplo, a movimentação de navios impacta espécies como baleias e golfinhos, que podem ser vítimas de atropelamentos, conhecidos como "ship strike" ou colisões com embarcações. Isso afeta muito esses animais, que são responsáveis por sequestrar o dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo significativamente para a regulação do clima.
Este ano, incluindo a COP30, a conferência sobre o tema acontecerá no final do ano no Brasil, debatendo essa questão. Os olhos de todo o mundo estarão voltados para o país para saber o que governos estaduais, municipais e federais, além de empresas, estão fazendo para preservar esses recursos.
A expressão "Amazônia Azul" foi criada há mais de vinte anos pela Marinha do Brasil, como uma forma de popularizar e ampliar os debates sobre a exploração sustentável dessa faixa de mar, onde circula boa parte da riqueza brasileira.
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