As mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam sete anos nesta sexta-feira (14/3). Apontados como mandantes do crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão seguem presos, bem como o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, que colaborou com o assassinato. O Repórter Brasil Tarde elaborou uma linha do tempo para relembrar como as investigações avançaram até agora.
As primeiras prisões aconteceram um ano após o crime. Em 2019, os ex-policiais Élcio Queiroz e Ronnie Lessa foram presos, acusados de serem os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Em 2023 foi a vez do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suell. Ele teria cedido um carro para esconder as armas após o assassinato e participado do descarte delas.
No ano ado foi preso o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, apontado como responsável pelo desmanche do carro usado no crime. E ainda Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, ex-assessor do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e o policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, o Major Ronald, apontado como responsável por levantar informações da rotina de Marielle.
Outros cinco suspeitos foram mortos em uma tentativa de queima de arquivo. O primeiro, em 2018, foi Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Toddynho. Ele estaria envolvido na clonagem do Cobalt prata usado na execução. Em 2020, morre o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, que teria posto todo seu grupo de matadores o escritório do crime para efetuar os assassinatos. Em 2021, o policial Luiz Carlos Martins, braço direito de Adriano, é morto a tiros. No mesmo ano é executado Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, que seria o intermediário da contratação de Ronnie Lessa para o crime. Em 2023, Hélio de Paulo Ferreira, o “senhor das armas”, é assassinado. Ele era acusado de ter intermediado a relação entre mandantes e executores do assassinato.
Os acusados de serem os mandantes do crime foram enfim presos em 24 de março do ano ado. Os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal eleito pelo União Brasil e expulso do partido. O delegado Rivaldo Barbosa, terceiro suspeito de mandar matar Marielle e Anderson, foi preso no mesmo dia. Na época do atentado, ele era o chefe da Polícia Civil do Rio. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento como Giniton Lages, ex-chefe da delegacia de homicídios do Rio.
O relatório da Polícia Federal aponta que a execução de Marielle teria sido motivada por sua posição contrária à exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia. Em outubro do ano ado, seis anos, sete meses e 17 dias após o crime, os assassinos confessos foram condenados. Ronnie Lessa recebeu a pena de 78 anos, nove meses e 30 dias de prisão. E Élcio de Queiroz foi sentenciado a 59 anos, oito meses e dez dias. Os dois têm ainda que pagar pensão ao filho de Anderson até que ele complete 24 anos e indenizar por dano moral as famílias das duas vítimas.
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