Você já tentou se adequar a padrões? A falta de representatividade e visibilidade na mídia leva muitas pessoas a não se sentirem pertencentes e, numa tentativa de contornar a situação, acabam deixando de lado suas identidades. É o que aconteceu com a cantora e rapper Tássia Reis e com a fotógrafa Helemozão.
"Não se enxergar faz parecer que você é errado, que você está fora, e não que onde você se encontra é que está errado", analisa Tássia, cuja carreira musical hoje é marcada por uma identidade visual forte e bem característica de suas raízes e personalidade. Ela e Helemozão encontraram na estética uma forma de empoderamento e posicionamento político. Foi a partir dela que conseguiram resgatar suas identidades e criar referenciais para outras pessoas fazerem o mesmo.
Atualmente, Helemozão tem um projeto fotográfico em que registra a vida de mulheres negras, de forma a valorizar suas essências, cores, curvas e belezas, proporcionando respeito, autoestima e protagonismo.
"Eu tentei ser uma outra pessoa, tentei alisar meu cabelo e ainda assim eu não me sentia pertencente a alguns espaços, porque não era eu. E quando eu comecei a modificar isso, me ver no outro, me ler no outro e saber que você não está só e que tem pessoas que estão se entendendo como elas são, eu acreditei que era o primeiro o para o estudo, para buscar sobre minha ancestralidade. É uma estética política", conta a fotógrafa.
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