Artesãos de diversas partes do Brasil estão reunidos em um evento que discute negócios, mas vai muito além: trata-se do Salão do Artesanato, que celebra expressões artísticas com matérias-primas brasileiras. Até domingo (25), quem estiver em São Paulo poderá visitar o salão, que este ano conta com mais de 100 mil peças em exposição, localizado no Parque Ibirapuera.
Dinalva traz cestarias tradicionais do povo indígena Tariana, do Amazonas. Ela destaca as capacitações que recebeu do Sebrae e as linhas de crédito específicas para artesãos: “Antigamente, quando não tinha isso, éramos muito dependentes de algumas organizações que vinham para dar apoio. Quando essas ONGs iam embora, ficávamos novamente à mercê, esperando que outra viesse nos ajudar. O Sebrae, ao contrário, nos capacitou e nos ensinou a caminhar com as próprias pernas.”
Saberes que, muitas vezes, são ados por gerações, como a família que trabalha há mais de 30 anos com tecelagem manual.
O Ministério do Empreendedorismo tem mais de 220 mil artesãos cadastrados em todo o país, pessoas que usam a criatividade para transformar madeira, palha, tecido e outros materiais em peças de beleza, tanto para uso pessoal quanto para decoração.
O tema do Salão do Artesanato deste ano é "A arte que vem da fibra", uma homenagem às matérias-primas típicas de diversas formas de artesanato brasileiro, como capim dourado, carnaúba e piaçava. O título também faz referência à resistência desses trabalhadores que vivem da cultura tradicional.
Chegando à sua 19ª edição, o Salão do Artesanato reúne trabalhos de todos os estados brasileiros na capital paulista. A ideia do evento não é apenas realizar vendas diretas aos consumidores que visitam, mas conectar artesãos a lojas e outros revendedores. Eles fecham negócios não apenas nas vendas diretas, mas também em futuros pedidos realizados por meio desses lojistas, movimentando a cadeia produtiva de um ano para o outro.
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