As mudanças climáticas podem afetar a vida reprodutiva das abelhas. Elas não produzem apenas mel; são responsáveis pela polinização de diversas espécies. A reportagem é da TV UFMA, Universidade Federal do Maranhão.
Açaí, eucalipto, café e caju são algumas das flores que oferecem um verdadeiro banquete para as abelhas. Em sua propriedade, o seu Ozanam tem um espaço para a produção de um delicioso mel, mas, além de degustar esse sabor, ele ajuda na preservação do meio ambiente: “Aqui não entra veneno. A maioria das plantas são frutíferas, justamente para ajudar as abelhas. A ideia nossa foi exatamente essa: ter um ambiente agradável, calmo e com muitas flores para ajudar na criação das abelhas.”
Atualmente, o espaço está recebendo a visita de um grupo de pesquisadores da UFMA que estuda a interferência das mudanças climáticas no processo reprodutivo das abelhas. “O que a gente quer entender é como as características da paisagem estão influenciando o número das populações de abelhas, comparando diversas áreas. Temos áreas bem protegidas, como essa, e áreas onde essas abelhas estão sob maior estresse, por conta da proximidade do desmatamento e do uso de pesticidas,” explica um dos pesquisadores.
O desmatamento e o uso de agrotóxicos são dois fatores que interferem na biodiversidade. Sem riqueza natural, não há flores e pólen, e todo o ambiente sai perdendo. Embora as abelhas produzam um delicioso mel, o que muita gente não sabe é que elas são muito mais do que operárias do sabor. Para as plantas, são essenciais no processo reprodutivo e na manutenção de diversas espécies. Além disso, muitas abelhas não produzem mel, mas continuam sendo importantes pelo trabalho de polinização.
Esses insetos contribuem para a segurança alimentar do planeta e, sem eles, plantas e animais podem até mesmo ser extintos devido ao desequilíbrio ecológico. Em todo o mundo, o número de abelhas está diminuindo, e este trabalho de campo vai contribuir para um maior entendimento do que pode estar acontecendo, por exemplo, no Maranhão. Descobertas que podem animar novos pesquisadores.
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